Jonas Savimbi, ex-presidente fundador da UNITA
Uma vez em um novo país, se envolva, conheça as pessoas e sua cultura. Aprenda sobre a história e se torne parte dela. Deve-se não apenas passar, mas plantar para uma futura colheita. Quem sabe até deixar as raízes crescerem, verdade que apenas uma minoria consegue.
No intuito de aprender leio, observo, mas não tomo partido. Quem sou eu para dizer o que é certo ou errado, ou mais ainda, que lado é o certo.
Aprendo, evoluo e exalto a história, hoje sobre esse magnífico país, Angola.
Essa matéria fala sobre um importante líder que se fez presente no conceito bilateral da guerra civil. Um gênio ou um louco? Cabe a cada um a análise.
Vale uma olhada na Wikipédia para entender o que é a UNITA.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Unita
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A história secreta da ideologia da Unita
http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=13632
Semanário Angolense (James Kean* )
Embora Jonas Savimbi tenha cometido vários erros estratégicos, ideologicamente ele manteve uma certa coerência. A ideologia por que se guiava assentava nas linhas do «hino nacional da Unita» que fala da República Negro Africana e Socialista de Angola.
Savimbi acreditou até ao fim da sua vida num nacionalismo africano e num socialismo baseado no centralismo do qual ele seria sempre o timoneiro. Internacionalmente, pelo menos a partir dos anos 80, Savimbi era visto como uma figura da direita, alguém que estaria inclinado para um certo liberalismo democrático e pelo mercado livre. Figuras de proa do Partido Republicano dos Estados Unidos como a falecida Jeane Kirkpatrick, que foi representante de Washington nas Nações Unidas, não se cansavam de elogiar Jonas Savimbi como um grande intelectual e líder da direita. Kirkpatrick foi, na administração Reagan, uma das figuras que mais se bateu contra o comunismo.
Jornalistas ocidentais que acompanharam a sua vida, frequentes vezes perguntavam a Jonas Savimbi sobre a sua trajectória da Esquerda para a Direita. Invariavelmente, Savimbi respondia que enquanto jovem aderiu à Esquerda por ingenuidade. Já em idade adulta dizia que optou pela Direita por ser o caminho mais correcto.
Na realidade, Savimbi nunca abandonou o marxismo ou maoísmo da sua juventude. No Centro de Estudos Kapesi Kafundanga (Cekk) - que levava o nome de guerra de Samuel Chingunji, o primeiro chefe de Estado-Maior da Unita e pai do actual ministro do Turismo, Eduardo Chingunji - as disciplinas de marxismo-leninismo e do maoísmo ocupavam lugares muito importantes na formação dos quadros políticos da organização.
No Cekk, os formandos tinham que dominar um manual, escrito por Jonas Savimbi, designado Guia Prático do Quadro. Este manual era uma adaptação, feita pelo próprio autor, às condições angolanas, do famoso Livro Vermelho, de Mao Tse Tung.
Na ideologia de Jonas Savimbi, a guerra em Angola tinha pouco a ver com a luta contra o comunismo até porque ele idealizava a criação de uma ditadura, baseada na classe dos camponeses, que desembocaria no desaparecimento do Estado.
A teoria que se propagava no Cekk sustentava o argumento de que o Mpla era composto de pequeno burgueses que defendiam os seus interesses de classe. Os russos e cubanos, neste cenário, eram expansionistas cujo objectivo principal seria a exploração das riquezas angolanas. Neste sentido, eles faziam parte de um conluio para oprimirem os negros angolanos.
Segundo a filosofia de Savimbi, que se propagava no Cekk, o país ideal, com que sonhava, seria aquele liderado por uma elite, que ele identificava como a «escol». Essa elite, que ele concebia como politicamente firme e esclarecida – em outras palavras cegamente fiel ao líder máximo – teria, então, o papel de implementar os objectivos da revolução.
No Cekk não se acreditava no mercado livre. Dizia-se que tal sistema permitia a existência da exploração do homem pelo homem e a apropriação da mais-valia. Nos territórios então controlados pela Unita a iniciativa privada não era admitida. Savimbi tinha um desprezo profundo por comerciantes.
Na Jamba nem toda gente concordava com a filosofia do Savimbi. Os velhos, idos das várias missões evangélicas do Planalto Central, boa parte deles progenitores de parte significativa da elite política e militar da Unita, contestavam claramente o ateísmo de Jonas Savimbi.
Segundo Fred Brigland, biógrafo de Savimbi que depois se tornou seu inimigo, o então presidente da Unita ordenou a morte de Jonatão Chingunji – uma figura de renome no Planalto Central – porque ele não concordava com a falta de moral na conduta de Jonas Savimbi.
Nos territórios controlados pela Unita, Savimbi pretendia criar um mundo com uma outra moral e ética. Nas sociedades mais avançadas, dizia Savimbi, o amor era político. De acordo com o raciocínio de Savimbi, para serem ideais, as relações humanas teriam que ser determinadas pela conveniência política. Um reaccionário – alguém que fosse hostil ao líder máximo, por exemplo – tinha que ser evitado, mesmo pelos seus íntimos. Os religiosos, por seu lado, discordavam desta moral. E isso custava-lhes, não raras vezes, punições muito severas.
É curioso que, em tudo isso, Savimbi manteve boas relações com a igreja Católica. Para isso, foi seguramente determinante o papel – que Savimbi apreciava bastante - que os padres tinham na formação de quadros nos vários liceus controlados pela Unita e também porque ele admirava a sua formação académica. Savimbi nunca se cansava de repetir que os padres tinham melhor formação do que os pastores das igrejas evangélicas. Alguns desses padres ousavam mesmo questionar a ética da sua conduta pessoal.
Havia, também, vários intelectuais que não estavam plenamente de acordo com o maoísmo de Savimbi. Na filosofia de Jonas Savimbi, não se permitia o debate ou exploração de ideias. Houve um episódio, no Cekk, que se tornou célebre: num exame final, um quadro, de uma certa idade, citou Platão na prova oral. Jonas Savimbi ficou tão furioso ao ponto de dizer ao examinado que a Filosofia que aprendeu no 7º Ano não tinha qualquer valor. Obviamente esse aluno foi reprovado, ao passo que os jovens camponeses, que regurgitaram servilmente o Guia Pratico do Quadro dispensaram com as maiores notas.
Mesmo na Jamba, muitos dos mais bem preparados quadros seniores da Unita já questionavam, em privado, a integridade intelectual do líder máximo. Jonas Savimbi era um verdadeiro bibliófilo, que «devorava» tudo em francês, inglês e português. Há quem diga que entendia, também, alemão. Só que ao discursar perante os quadros, Savimbi exprimia ideais sem citar as suas origens. E muitos dos quadros, que também liam muito, apercebiam-se dessa desonestidade intelectual. Alguns desses comentários, feitos obviamente em privado, chegavam, inevitavelmente, ao conhecimento de Savimbi através das várias redes de recolha de informações que ele tinha disseminado na Unita.
Mas como é que a Unita, uma organização internacionalmente conhecida como sendo de Direita, consegui disfarçar o facto de que, internamente, o que se propagava era o Maoísmo e o Leninismo? A Unita foi, durante muitos anos, uma organização fechada, uma espécie de Coreia do Norte. Apenas alguns dos seus quadros, da absoluta confiança de Savimbi, eram autorizados a viajar para o exterior. Mesmo esses, contudo, não viajavam sozinhos. Tinham sempre alguém a acompanhá-los em todas as reuniões que tivessem. Por sua vez, os estrangeiros que visitavam a Jamba e outras localidades tinham os passos apertadamente vigiados por indivíduos ligados aos diversos serviços de inteligência da Unita. Todas as conversas e opiniões que tivessem eram prontamente reportadas em relatórios ao próprio Savimbi.
Jonas Savimbi era, também, um mestre de encenações. Em 1985 houve, na Jamba, uma conferência que reuniu vários movimentos que lutavam contra o comunismo no mundo. Os habitantes da Jamba viram representantes do Afeganistão a verberarem apaixonadamente a presença soviética no seu país. Várias entidades da América Latina – incluindo a Nicarágua – louvaram Jonas Savimbi por ser um grande lutador contra o comunismo. Porém, logo que aqueles anticomunistas partiram, Savimbi chamou os seus apoiantes para dizer-lhes que todos os que tinham acabado de partir eram uma corja de reaccionários. Savimbi criticou, em particular, o representante de um movimento anti-Castro que tinha ligações muito fortes com a Coca-Cola.
E como é que este «revolucionário» de ocasião justificava a sua aliança com movimentos que ele, em privado, tratava com desdém? Um dos termos que Savimbi usava com muita frequência – adquirido do Mao Tse Tung – era «frente unida».
Savimbi dizia repetidamente que entre 1937 a 1945, o Partido comunista Chinês fez uma aliança com os nacionalistas de Chiang Kai- Shek para resistir à invasão japonesa. Ele dizia que todas as aliançais que a Unita fazia – incluindo com o regime racista da África do Sul – poderiam ser enquadradas neste âmbito. Segundo ele, o que estava em causa era a pátria e para a sua defesa poderia pactuar-se mesmo com o próprio diabo.
Além de Mao Tse Tung, Savimbi tinha uma profunda admiração por Joseph Vissarionovich Dzhugashvili, mais conhecido como Estaline. Em várias palestras no Cekk, Savimbi disse aos quadros que a críticas a Estaline não eram justas porque para a implantação do comunismo na União Soviética era indispensável liquidar os pequenos burgueses e agricultores que se ainda se mantinham fieis ao sistema czarista. Savimbi admirava a severidade de Estaline. Quando, em 1986, Mikhael Gorbachev começou a falar de glasnost – e alguns intelectuais na Jamba disseram que deveria, também, acontecer o mesmo na Unita, Savimbi reagiu com a inclemência de sempre: muitos desses intelectuais foram parar à cadeia e outros foram mortos.
Nos anos 70, Jonas Savimbi apresentava-se como um nacionalista africano e exaltava a teoria da negritude que foi articulada pelo antigo Presidente do Senegal, Leopold Sedar Senghor. Savimbi era um confesso admirador de Senghor que, além de ser membro da Academia Francesa era, igualmente, um notável poeta.
Numa entrevista que deu em 1979, por exemplo, Jonas Savimbi exaltava o Festival da Cultura Africana que foi realizado na Nigéria, em 1977. Savimbi falava, então, da afirmação da cultura africana e do homem negro. Em muitos corredores da África Ocidental este discurso teve uma enorme repercussão e rendeu a Savimbi muita simpatia já que ele apresentava a sua luta como sendo uma resistência africana contra a imposição de culturas alheias ao continente. Para os quadros da Unita no Cekk, Savimbi utilizava o tema da negritude para dar ênfase à noção de uma luta de classes. Ele falava reiteradamente da coesão entre os mestiços do Mpla.
No Cekk, Jonas Savimbi permitia-se mesmo ficar uma tarde inteira a falar sobre Lúcio Lara, Paulo Jorge e outros mestiços do Mpla. O líder da Unita nutria algum respeito intelectual por Lúcio Lara, embora o apresentasse sempre como defensor dos interesses dos brancos e mestiços. Numa inesquecível palestra, Savimbi discursou durante horas contra Ruth Lara, a esposa de Lara, que, segundo ele, era uma judia alemã que não merecia tanto poder em Angola. Savimbi argumentava que os negros em Angola eram dominados porque não eram coesos como os mestiços.
Savimbi dizia aos quadros do Cekk que a Unita estava a enfrentar um grupo em Luanda que utilizava um discurso marxista para disfarçar a defesa dos seus interesses de classe.
Um dos temas favoritos de Jonas Savimbi era a revolução do Haiti em que, de 1791 a 1804, os escravos negros revoltaram-se contra os franceses para construírem a primeira república negra na história do mundo. Afirmava sempre que a revolução haitiana falhou porque os mulatos tomaram o poder em detrimento dos negros. Savimbi via muitos paralelos entre o Haiti e Angola.
Nos territórios dominados pela Unita houve momentos em que Jonas Savimbi tinha o controlo absoluto de tudo que eram ideias. Mas isto não foi sempre assim. Nos fins dos anos 70, quando a Unita foi para as matas, a sua liderança era colectiva: naquela altura às activistas políticas era permitido elogiarem as qualidades morais e também físicas de indivíduos como o comandante Samuel Chiwale, Nzau Puna ou Waldemar Pires Chindondo, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Unita.
Em 1978, Tito Chingunji, que foi assassinado por Savimbi, fez uma digressão pela China. No seu regresso, ele começou a falar de «pureza ideológica». Rapidamente surgiram vozes a sugerir que Tito Chingunji estaria a ser teleguiado. Diz-se que tais vozes teriam sido encorajadas pelo próprio Savimbi que queria acabar com os vários pólos de influência que supostamente existiam na Unita. Teria sido o mesmo Savimbi que incentivou uma grande purga para livrar-se de rivais e gente cuja disposição ideológica não coincidia com a dele. Foi neste tempo que figuras como Jorge Ornelas Sangumba, que estudou Ciências Política na Universidade de Nova Iorque, desapareceram.
Depois dos Acordos de Bicesse, em 1991, Jonas Savimbi perdeu o controlo absoluto dos seus quadros já que muitos deles tomaram contacto com outras realidades, nomeadamente às dos grandes centros urbanos do país.
Embora falasse de democracia, nos seus discursos da campanha eleitoral de 1992, Savimbi já não convencia muitos dos seus quadros. Aqueles que estudaram no Cekk suspeitavam que, depois da tomada do poder, o velho continuaria com o seu grande projecto maoísta.
*Académico, especialista em Assuntos Africanos
4 comentários:
foi sem duvidas o maior mesmo cometendo erros gostando ou nào dele foi o maior politico intelectual guerrelheiro que africa e angola perdeu .HOMENS como ele so de 100 EM 100 ANOS Sào raros e muito temidos pelos politicos fracos e sem calibre; jonas savimbi o KING;
foi sem duvidas o maior mesmo cometendo erros gostando ou nào dele foi o maior politico intelectual guerrelheiro que africa e angola perdeu .HOMENS como ele so de 100 EM 100 ANOS Sào raros e muito temidos pelos politicos fracos e sem calibre; jonas savimbi o KING;
O PERCURSO De DR HUGO JOSÉ AZANCOT DE MENEZES
Hugo de Menezes nasceu na cidade de São Tomé a 02 de fevereiro de 1928, filho do Dr Ayres Sacramento de Menezes.
Aos três anos de idade chegou a Angola onde fez o ensino primário.
Nos anos 40, fez o estudo secundário e superior em Lisboa, onde concluiu o curso de medicina pela faculdade de Lisboa.
Neste pais, participou na fundação e direcção de associações estudantis, como a casa dos estudantes do império juntamente com Mário Pinto de Andrade ,Jacob Azancot de Menezes, Manuel Pedro Azancot de Menezes, Marcelino dos Santos e outros.
Em janeiro de 1959 parte de Lisboa para Londres com objectivo de fazer uma especialidade, e contactar nacionalistas das colónias de expressão inglesa como Joshua Nkomo( então presidente da Zapu, e mais tarde vice-presidente do Zimbabué),George Houser ( director executivo do Américan Commitee on África),Alão Bashorun ( defensor de Naby Yola ,na Nigéria e bastonário da ordem dos advogados no mesmo pais9, Felix Moumié ( presidente da UPC, União das populações dos Camarões),Bem Barka (na altura secretário da UMT- União Marroquina do trabalho), e outros, os quais se tornou amigo e confidente das suas ideias revolucionárias.
Uns meses depois vai para Paris, onde se junta a nacionalistas da Fianfe ( políticos nacionalistas das ex. colónias Francesas ) como por exemplo Henry Lopez( actualmente embaixador do Congo em Paris),o então embaixador da Guiné-Conacry em Paris( Naby Yola).
A este último pediu para ir para Conacry, não só com objectivo de exercer a sua profissão de médico como também para prosseguir as actividades políticas iniciadas em lisboa.
Desta forma ,Hugo de Menezes chega ao já independente pais africano a 05-de agosto de 1959 por decisão do próprio presidente Sekou -Touré.
Em fevereiro de 1960 apresenta-se em Tunes na 2ª conferência dos povos africanos, como membro do MAC , com ele encontram-se Amilcar Cabral, Viriato da Cruz, Mario Pinto de Andrade , e outros.
Encontram-se igualmente presente o nacionalista Gilmore ,hoje Holden Roberto , com o qual a partir desta data iniciou correspondência e diálogo assíduos.
De regresso ao pais que o acolheu, Hugo utiliza da sua influência junto do presidente Sekou-touré a fim de permitir a entrada de alguns camaradas seus que então pudessem lançar o grito da liberdade.
Lúcio Lara e sua família foram os primeiros, seguindo-lhe Viriato da Cruz e esposa Maria Eugénia Cruz , Mário de Andrade , Amílcar Cabral e dr Eduardo Macedo dos Santos e esposa Maria Judith dos Santos e Maria da Conceição Boavida que em conjunto com a esposa do Dr Hugo José Azancot de Menezes a Maria de La Salette Guerra de Menezes criam o primeiro núcleo da OMA ( fundada a organização das mulheres angolanas ) sendo cinco as fundadoras da OMA ( Ruth Lara ,Maria de La Salete Guerra de Menezes ,Maria da Conceição Boavida ( esposa do Dr Américo Boavida), Maria Judith dos Santos (esposa de um dos fundadores do M.P.L.A Dr Eduardo dos Santos) ,Helena Trovoada (esposa de Miguel Trovoada antigo presidente de São Tomé e Príncipe).
A Maria De La Salette como militante participa em diversas actividades da OMA e em sua casa aloja a Diolinda Rodrigues de Almeida e Matias Rodrigues Miguéis .
Na residência de Hugo, noites e dias árduos ,passados em discussões e trabalho… nasce o MPLA ( movimento popular de libertação de Angola).
Desta forma é criado o 1º comité director do MPLA ,possuindo Menezes o cartão nº 6,sendo na realidade Membro fundador nº5 do MPLA .
De todos ,é o único que possui uma actividade remunerada, utilizando o seu rendimento e meio de transporte pessoal para que o movimento desse os seus primeiros passos.
Dr Hugo de Menezes e Dr Eduardo Macedo dos Santos fazem os primeiros contactos com os refugiados angolanos existentes no Congo de forma clandestina.
A 5 de agosto de 1961 parte com a família para o Congo Leopoldville ,aí forma com outros jovens médicos angolanos recém chegados o CVAAR ( centro voluntário de assistência aos Angolanos refugiados).
Participou na aquisição clandestina de armas de um paiol do governo congolês.
Em 1962 representa o MPLA em Accra(Ghana ) como Freedom Fighters e a esposa tornando-se locutora da rádio GHANA para emissões em língua portuguesa.
Em Accra , contando unicamente com os seus próprios meios, redigiu e editou o primeiro jornal do MPLA , Faúlha.
Em 1964 entrevistou Ernesto Che Guevara como repórter do mesmo jornal, na residência do embaixador de Cuba em Ghana , Armando Entralgo Gonzales.
Ainda em Accra, emprega-se na rádio Ghana juntamente com a sua esposa nas emissões de língua portuguesa onde fazem um trabalho excepcional. Enviam para todo mundo mensagens sobre atrocidades do colonialismo português ,e convida os angolanos a reagirem e lutarem pela sua liberdade. Estas emissões são ouvidas por todos cantos de Angola.
Em 1966´é criada a CLSTP (Comité de libertação de São Tomé e Príncipe ),sendo Hugo um dos fundadores.
Neste mesmo ano dá-se o golpe de estado, e Nkwme Nkruma é deposto. Nesta sequência ,Hugo de Menezes como representante dos interesses do MPLA em Accra ,exilou-se na embaixada de Cuba com ordem de Fidel Castro. Com o golpe de estado, as representações diplomáticas que praticavam uma política favorável a Nkwme Nkruma são obrigadas a abandonar Ghana .Nesta sequência , Hugo foge com a família para o Togo.
Em 1967 Dr Hugo José Azancot parte com esposa para a república popular do Congo - Dolisie onde ambos leccionam no Internato de 4 de Fevereiro e dão apoio aos guerrilheiros das bases em especial á Base Augusto Ngangula ,trabalhando paralelamente para o estado Congolês para poder custear as despesas familhares para que seu esposo tivesse uma disponibilidade total no M.P.L.A sem qualquer remuneração.
Em 1968,Agostinho Neto actual presidente do MPLA convida-o a regressar para o movimento no Congo Brazzaville como médico da segunda região militar: Dirige o SAM e dá assistência médica a todos os militantes que vivem a aquela zona. Acompanha os guerrilheiros nas suas bases ,no interior do território Angolano, onde é alcunhado “ CALA a BOCA” por atravessar essa zona considerada perigosa sempre em silêncio.
Hugo de Menezes colabora na abertura do primeiro estabelecimento de ensino primário e secundário em Dolisie ,onde ele e sua esposa dão aulas.
Saturado dos conflitos internos no MPLA ,aliado a difícil e prolongada vida de sobrevivência ,em 1972 parte para Brazzaville.
Em 1973,descontente com a situação no MPLA e a falta de democraticidade interna ,foi ,com os irmãos Mário e Joaquim Pinto de Andrade , Gentil Viana e outros ,signatários do « Manifesto dos 19», que daria lugar a revolta activa. Neste mesmo ano, participa no congresso de Lusaka pela revolta activa.
Em 1974 entra em Angola ,juntamente com Liceu Vieira Dias e Maria de Céu Carmo Reis ( Depois da chegada a Luanda a saída do aeroporto ,um grupo de pessoas organizadas apedrejou o Hugo de tal forma que foi necessário a intervenção do próprio Liceu Vieira Dias).
Em 1977 é convidado para o cargo de director do hospital Maria Pia onde exerce durante alguns anos .
Na década de 80 exerce o cargo de presidente da junta médica nacional ,dirige e elabora o primeiro simpósio nacional de remédios.
Em 1992 participa na formação do PRD ( partido renovador democrático).
Em 1997-1998 é diagnosticado cancro.
A 11 de Maio de 2000 morre Azancot de Menezes, figura mítica da historia Angolana.
savinbe foi um bom politico.mas nao um militar.
ha quem diga q fazer guerra durante mais de 25 anos é sinonimo de firmaza e inteligencia militar,mas quando se mata os propios quadros isto é sinonimo de covardia.
eu sou admirador assiduo de jonas savinbe(como politico).a sua ideologia politica tinha beses para dar certo no nosso contexto angolano,digo isto como ativista social.mas nada é mais revoltante como matar criancas por prazer e nem fazer a populacao pagar pelas suas frustracoes.embora seja errado ficar feliz pela morte de alguem,eu posso afirmar q angola ficou mais segura com a morte de J.S,e o mais inportante é manter os seus ideais de governacao.
1º- O Angolano
2º- O Angolano
3º- O Angolano
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