Por 10 contos não vem 1 real de vento!
Ta ai uma característica engaçada de Luanda. No dia da minha chegada a minha primeira providencia ao chegar em casa foi abrir a janela, depois fui repreendido pela questão dos mosquitos. Entretanto durante o tempo em que janela ficou aberta não passava por esta sequer uma brisa. Olhe que eu moro no quarto andar, mas nada de vento. É verdade que nem sempre é assim, mas a grande maioria do tempo à situação é essa: nada de vento!
Já estou aqui a quase seis meses e por isso me arrisco a falar algo desse tipo. Já presenciei o verão e peguei um pouquinho do inverno, por sinal um verão dos mais chuvosos já ocorridos, segundo os jornais.
No centro da cidade o que se vê é que as árvores praticamente não mexem a copa. Mesmo na orla, perto da baia de Luanda, as palmeiras que lá estão dificilmente tem suas folhas movidas pela ação do vento.
Outro dia fui a um restaurante, o Espaço Bahia, muito bom, à beira mar. Dizem que é da filha do Djavan. O lugar é ótimo, a vista muito boa, mas a falta de um ar-condicionado não passa despercebida. Imagino que durante a construção os arquitetos pensaram em dar um clima de praia, já que é beira da baia, esperavam por certo uma brisa do mar. A realidade é que o calor é um absurdo. Colocaram uns ventiladores por lá, mas realmente não deu conta.
Fico imaginando se o vento aqui se fizesse presente, provavelmente a cidade seria diferente. Afirmo isso, pois a quantidade de terra nas ruas é muito grande, lembra um pouco Natal - RN e a parte da cidade que fica perto das dunas. A terra aqui, no entanto é vermelha mais puxando para o barro. Se o vento aqui fosse forte a cidade viveria coberta de uma neblina de terra. Bom, assim fico imaginado.
Aqui em Angola passo quase todo tempo no ar-condicionado, mas se não fosse isso eu iria chorar, afinal por 10 contos não vem 1 real de vento!
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