Minas terrestres – 5 a 7 milhões em Angola
Uma das características que chama mais atenção de um Brasileiro ao chegar em Angola é a questão das minas terrestres. O Brasil um país que, tirando o período militar e alguns poucos conflitos com paises a alguns anos, é considerando bastante pacifico. Pouco se fala em guerra por lá e esse assunto parece realmente bem distante.
A algum tempo vi na rua um carro sinalizado de um empresa que realizava a desminagem em fazendas e ou qualquer local que se desejasse. Fique pensando sobre o assunto, como essa situação é inusitada e trágica. Imagine você comprar uma fazenda, ou mesmo um sítio para passar os finais de semana com a sua família, coisa bem comum no Brasil. Antes de montar a sua casa ou deixar os filhos brincarem no local é necessário chamar uma empresar para retirar possíveis minas no local.
Comecei a pesquisar e encontrei um instituto - Instituto Nacional de Remoção de Obstaculos e Engenhos Explosivos, www.inaroee.ebonet.net/index.pt.html - ligado ao governo de Angola através do ministério de assistência e reinserção social (MINARS) que realiza o trabalho de deminagem do território Angolano. Criado em 1995 esse instituto conta com delegações provinciais em 7 das 18 províncias de Angola.
O aspecto mais desumano das minas terrestres é que elas continuam a matar e mutilar mesmo depois do termino do conflito. Em Luanda é possível ver várias pessoas nas ruas que perderam seus membros como pernas e braços. Além disso, quando perguntamos aos motoristas, eles falam de casos de mortes de pessoas próximas ou mesmo de acidentes com minas.
No site do instituto existe uma expectativa de existência de 5 a 7 milhões de minas não detonadas em Angola. Foram registrados por essa mesma entidade 1607 acidentes e 2638 vítimas entre 1995 e 2001.
No jornal de hoje saiu uma matéria sobre o trabalho de conscientização da população. Um belo trabalho esse do governo de Angola.
Crianças alertadas sobre risco de minas
http://www.jornaldeangola.com/artigo.php?ID=57008&Seccao=geral
Trinta menores, de diferentes escolas do ensino geral da província da Huíla, vão, a partir de Março deste ano, participar de um encontro denominado “Educação sobre risco de minas para crianças”, numa iniciativa da ONG Acção de Solidariedade e Desenvolvimento (ASD).
Durante dois dias, os petizes abordarão matérias ligadas à partilha de experiências e lições das crianças nas sessões de educação sobre o risco de minas, bem como trocarão ideias tendentes a produção de um manual de orientação metodológica de combate ao risco de minas.
A integração da criança em processos de desenvolvimento comunitário, impa-cto do manual de procedimentos, que será um guião metodológico a ser introduzido no processo docente-
educativo nas escolas do país, são outros temas previstos para serem abordados no evento.
Em entrevista à Angop, no Lubango, o coordenador da ASD, Renato Raimundo, explicou que o encontro visa proporcionar a criança o seu desenvolvimento em programas sócio-educativo, visando a sua inserção integral no quadro da Convenção sobre os Direitos da Criança.
Adiantou estar prevista a participação de crianças dos municípios do Lubango, Quipungo, Cacula, Chicomba, Caluquembe e Caconda.
A acção, primeira do género, conta com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Comissão Intersectorial para a Desminagem e Assistência Comunitária (CIDAC).
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