Ministério de Ciência e Tecnologia de Angola
No último passeio do sábado passado, passei de frente ao ministério de ciência tecnologia de Angola. O prédio é bastante imponente apesar de um pouco antigo. Lembrou-me muito, a fachada, o hospital da restauração, em Recife, que tem o mesmo estilo de janelas e, assim como o ministério, é bastante largo e majestoso.
Me pego a refletir a importância de uma entidade como essa para um país com Angola. Em países onde existem várias tecnologias, e várias vertentes a seguir, qualquer decisão sobre que rumo a tomar significa priorizar um ou outro interesse. No caso de Angola, o ministério pode se dar ao luxo de, com um trabalho sério, colocar desde o início o país no melhor caminho a ser tomado. Em contrapartida, caso nenhuma medida seja tomada, a empresa que chegar primeiro vai determinar a tecnologia a ser implantada. No fim das contas é sempre o mercado que determina que tecnologia será utilizada, contudo o papel do governo é fundamental no sentido de favorecer determinada tecnologia e influenciar significativamente a evolução tecnológica, acadêmica e empresarial do país.
Nas pesquisas acadêmicas, investimentos na área da saúde, devido escassez de recursos de quantidade de pacientes, podem, assim como em Cuba, tornar Angola um novo seleiro de descobertas médicas. Pesquisa em petróleo, com possíveis parcerias com o governo Brasileiro, poderiam resultar em um avanço inimaginável. Computação e demais áreas de tecnologia da informação precisão de incentivos e políticas claras, facilitando o intercambio de profissionais e acadêmicos, no sentido de avançar a passos largos com nações que já se encontram muito a frente e que tem muito a ganhar com o ingresso de um mercado tão grande, como é um país, a sua tecnologia.
A entidade que me parece representar o ministério de ciência e tecnologia quando o assunto é tecnologia da informação é o CNTI (Comissão Nacional das Tecnologias da Informação) -
Vale apena visitar o site www.angola-online.ao onde é possível encontrar informações sobre ciência e tecnologia em Angola.
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Mensagem do Presidente sobre Tecnologia da informação
http://www.angola-online.ao/pt/index.html (Mensagem)
Angola, país diverso na sua composição cultural e nas suas estruturas territorial, económica e social, pode, através do uso inteligente das Tecnologias de Informação e de Comunicação, fortalecer a sua unidade nacional, reduzir as assimetrias, diminuir as distâncias inter-provinciais, fornecer informação igualitária e proporcionar oportunidades similares aos seus cidadãos, incrementando deste modo a dinâmica do seu desenvolvimento.
Com efeito, o uso das novas Tecnologias de Informação e Comunicação é um dos pilares indispensáveis à estruturação e reforço das sociedades contemporâneas. A emergência da Sociedade do Conhecimento exige do nosso Governo e de todos os cidadãos a adopção de novos paradigmas de governação e de novos modelos de relacionamento entre governantes e governados, a fim de se conferir outra plenitude à sua participação na vida social, cultural, educativa, académica, económica e política do país.
A riqueza da Sociedade do Conhecimento reside na sua multiplicidade e na participação dos vários actores sociais que garantem a sua interligação e criam condições para a sua convergência. A construção sólida da Sociedade do Conhecimento impõe, pois, uma congregação de esforços públicos e privados, por forma a que a mesma se implemente nas instituições, nos órgãos de soberania, nas escolas, nas cidades e comunas, na administração pública e no sector privado.
Neste domínio, devemos ser ambiciosos e a nossa ambição deve ter a dimensão do nosso território nacional, imprimindo-se um ritmo mais rápido à adopção, utilização e domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação, tendo sempre em conta a nossa realidade, fundamentalmente o nível dos nossos Recursos Humanos e a nossa diversidade cultural e linguística.
A construção da Sociedade do Conhecimento em Angola deve ser encarada como um desígnio nacional e uma prioridade política do Governo, como consagra o Plano de Acção aprovado em 2005 pelo Conselho de Ministros. Efectivamente, o Plano de Acção para a Governação Electrónica, bem como o Plano de Acção para a Sociedade de Informação, constituem duas provas cabais da nossa ambição, no nosso interesse e da nossa visão de futuro, para a concretização de uma Estratégia para o Desenvolvimento das Tecnologias de Informação até ao ano 2010.
O Governo pretende desenvolver uma acção catalisadora, por forma a transitarmos de uma sociedade reconhecidamente analógica para uma sociedade definitivamente digital, isto é, a passarmos de uma sociedade onde a informação e o conhecimento se encontram apenas ao alcance de uma minoria esclarecida para outra na qual a informação e o conhecimento são produtos ao alcance de todos.
Tenhamos todos, pois, a ousadia e a determinação de criarmos as condições que permitam a emergência e a solidificação da nova era da Sociedade do Conhecimento, a fim de o Povo Angolano poder desfrutar um futuro mais desenvolvido, mais digno e mais sábio.
Luanda, 28 de Outubro de 2005
JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA
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