Dia internacional da mulher
Vou aproveitar essa data especial para falar das mulheres Angolanas. Essa data que surgiu a partir do evento em uma fábrica têxtil de Nova Iorque em 1857 simboliza uma luta que não acabou com esse marco, o dia internacional da mulher. A realidade é que as mulheres de Angola ainda têm muito que conquistar.
A sociedade Angolana é machista e trata as mulheres não como iguais. São as mulheres que, por exemplo, carregam pesados baldes de água na rua e fazem todo trabalho domestico. Aqui também tem um costume chamado “dia do homem”. Nesse dia, toda sexta-feira, o homem, mesmo casado ou compromissado, pode sair para a farra com os amigos ou sozinho, podendo estar inclusive com outras mulheres. No regresso a mulher deve estar esperando pelo homem com comida e a casa arrumada. Tal direito não é permitido as mulheres. Calo que não existe nenhuma lei para isso, mas esse é um costume bastante difundido.
Em situações de casamento, o homem deve realizar um pedido ao sogro. Esse pedido consiste em formalizar a solicitação do noivado e mais ainda, entregar um dote ao sogro. Esse dote é composto de dinheiro, bebidas, comidas e tantos itens, dos mais variados, que o sogro desejar. Se no primeiro ano de casamento a mulher não der um filho ao homem, esse pode devolver a mulher, anulando o casamento. Além disso, com a devolução o dote do pedido deve ser devolvido. Para os Brasileiros isso parece mais uma troca, como se as mulheres fosse mercadorias. Bom, esses é o costume local.
As mulheres ainda são tratadas como inferiores e é comum ouvir casos de violência. Por vezes também se lê nos jornais casos de violência contra crianças e mulheres.
Se fora o sexo for adicionada raça branca, o preconceito se torna ainda maior. As Brasileiras tem medo de sair às ruas sozinhas, muitas delas falam isso. Sinceramente acho que elas têm razão. Gerentes brancas têm maior dificuldade de impor ordens que os homens. Para uma mulher estrangeira vencer aqui é preciso ser muito determinada.
Pelo que me parece o a luta das mulheres ainda tem muito que avançar nesse país, contudo a sociedade parece estar indo no caminho certo. Tenho certeza que o novo tempo de Angola será deferente do constatado até então.
Encontrei um blog muito interessando do G1. Nesse blog, especial para o dia das mulheres, blogueiras pelo mundo falam como é a situação da mulher no respectivo país em que vivem. Vale dar uma conferida, muito interessante a leitura. Abaixo o link e a proposta do blog.
O mundo é das mulheres
http://g1.globo.com/Noticias/Colunas/0,,7268,00.html
Para comemorar o Dia das Mulheres, nesta quinta-feira (08), o G1 reuniu seis blogueiras ao redor do mundo para contar como é a vida delas em outros países.
Em tempo real, elas vão escrever aos internautas do G1 sobre as particularidades, costumes e até mesmo das dificuldades em ser mulher em regiões do mundo tão diversas como o Japão, o Afeganistão e a Argentina. Veja no mapa acima onde estão as blogueiras do G1.
De Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, participará Carolina Porto, de 32 anos. Casada, ela mora com a filha e o marido, e tenta não deixa a paixão pelo alpinismo se perder com o tempo. Ela é formada em hotelaria.
De Nova Délhi, capital da Índia, a blogueira do G1 será Sandra Bose, de 42 anos. Ela se descreve como uma pessoa de múltiplas habilidades: é geógrafa, professora, psicanalista, psicoterapeuta e escritora. Paulistana, ela mora na Índia desde 1999, onde trabalha como tradutora.
Da Suécia, a participante será Claudia Ekström, de 30 anos. Jornalista, ela vive na cidade de Västeras há três anos, onde trabalha com marketing cultural no Teatro Västmanland.
De Tóquio, no Japão, participará Karina Almeida, jornalista mineira de 29 anos. Ela mora há mais de três anos no Japão e trabalha em um jornal da comunidade brasileira. Nas horas vagas, Karina se diverte escrevendo em seu blog.
De Cabul, no Afeganistão, a blogueira do G1 será Ramish Poladeyan, de 22 anos. Ela estuda engenharia na Universidade de Cabul e diz ter muito interesse em escrever histórias e poesias. Afegã, Ramish escreverá seus posts em inglês -e a equipe do G1 traduzirá.
De Buenos Aires, na Argentina, a participante será Mariana Camarotti, de 27 anos. Jornalista, mora em Buenos Aires há três anos, tendo feito pós-graduação em Jornalismo Econômico na Universidade de Buenos Aires (UBA).
Quando as blogueiras do Japão, Emirados Árabes e Afeganistão nos enviarem seus primeiros posts ainda será madrugada de quarta para quinta-feira no Brasil. Mas no Oriente o Dia das Mulheres já terá começado.
Mundo celebra hoje dia da Mulher Jornal Angola
http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=13693
O mundo homenageia hoje, ao comemorar o Dia Internacional da Mulher pela nonagésima sétima (97ª) vez, as 130 operárias têxteis que morreram queimadas numa fábrica de Nova Iorque, Estados Unidos da América, quando reivindicavam a redução do horário de trabalho de 16 horas por dia para 10 horas.
Embora a tragédia tenha ocorrido a 8 de Março de 1857 (150 anos atrás), só em 1910, numa conferência mundial de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem a aquelas “senhoras”, comemorar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
Desde então, o movimento a favor da emancipação da mulher vem crescendo diariamente em todo o mundo. Angola não foge à regra, porquanto a classe feminina tem alcançado feitos notáveis em vários níveis da vida sócio-económica, cultural, desportiva e política.
Em Angola as mulheres pretendem chamar a atenção para o seu papel e a sua dignidade, bem como levar a sociedade a ter uma consciência social do valor da pessoa, a perceber o seu papel e contestar e rever preconceitos e limitações que têm sido impostos à mulher.
Como mães, esposas, filhas, ou simplesmente como mulheres, elas têm lutado pela sua emancipação, combatendo o analfabetismo e os actos de violência no género e na família. Elas estão, sobretudo, firmemente inseridas no processo de reconciliação e reconstrução nacional.
Recentemente, numa nota do Ministério da Família e Promoção da Mulher, em homenagem à data e ao 2 de Março, Dia da Mulher Angolana (OMA), foi realçada a luta pela emancipação e desenvolvimento da classe feminina.
“O processo de emancipação e o desenvolvimento para o avanço da mulher angolana constituem os movimentos mais fortes da luta das mulheres angolanas”, realça o documento da instituição, que é dirigida por Cândida Celeste.
Foi ainda lembrada a participação feminina na conquista da paz. A bravura das heroínas que deram o seu sangue pela independência de Angola também é evocada na mensagem.
De acordo com o documento, os dias 2 e 8 são todos os anos convertidos numa jornada de mobilização das mulheres para os esforços de desenvolvimento do país, que legou o exemplo das heroínas angolanas e de outras mulheres que sempre lutaram para a emancipação da camada feminina.
2 comentários:
Como sempre voce ai surpreendendo novamente né?
Super beijo pra tu!
Estou aqui morta de saudade do meu amigo que em aconselha mais que tudo no mundo.
Beijo grande
é a primeira vez que eu consulto este blog..
é nota 10.. mas em contrapartida seria bom inserir algumas fotos dos novos elementos da advance principalmente nos(Angolanos) e falar um pouco sobre eles!!!!
Postar um comentário