Contrastes tecnológicos
Entro em uma é pequena lanchonete, a variedade é pouca e a limpeza não são lá essas coisas, mas até que é organizado.Atrás do balcão, uma atendente mau humorada, com cara de quem não vai dizer nem bom dia. Ela olha para minha cara, fiquei com medo de perguntar qualquer coisa. O cardápio é uma lenda, a coisa mais parecida com isto é um quadro negro na parede com os pratos rabiscados. Misto, hambúrguer e outras coisinhas. Peço só uma água, não quero comer nada. Agora vem a surpresa.
A atendente pega o meu dinheiro e realiza o pedido em uma tela touch screen. Um software específico para restaurante, tudo muito simples e rápido. Instantaneamente, enquanto ela conta o meu troco, a fatura sai em uma pequena impressora térmica. Fico espantado com tanta tecnologia em um lugar que no Brasil chamaríamos de “birosca”.
Estou agora em um dos maiores hospitais do país. São 1000 leitos e aproximadamente 2500 funcionários entre médicos, enfermeiros e pessoal administrativo. O prédio construído a mais de 100 anos sofreu uma reforma logo após o fim dos conflitos, trabalho dos Japoneses. Esse é um dos hospitais que minha empresa irá informatizar e estávamos, em uma visita de prospecção, levantando as necessidades de equipamento. Acreditem nesse hospital há apenas 2 computadores, isso mesmo 2. A maioria da população sequer tocou em um computador, ver já deve ter visto, mas daí manusear, com certeza que não.
Ando pelas lojas de Luanda e os produtos mais modernos há aqui. Há modelos de celulares que sequer existem Brasil, aparelhos super modernos com câmeras de altíssima qualidade. A desigualdade no país não é grande, devido ao fato que todo mundo é pobre, ou para o padrão brasileiro, abaixo da linha de pobreza.
No projeto de informatização dos hospitais muito terá que ser feito. Entretanto não somente nos hospitais, mas em todo país. O desejo deles é ser como o Brasil. Agora vejo o quanto estamos evoluídos, basta apenas acabar com a corrupção que seremos um pais de primeiro mundo. O nosso país tem muito que evoluir, mas olhando para Angola, vejo o Brasil muito à frente.
Um comentário:
Amigoooo!!! Cade voce?
Estou esperando a sua volta para um almoco. By the way, o nosso ano novo em Luanda foi fantastico, o melhor de toda a minha vida!
Venha logo!
Saudades, beijos PAT
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