O transito e as Candongas
Imagine a cena: uma cidade de 3 milhões de habitantes, com carros, sem transporte público de massa como metro, sem ônibus, sem táxi e com um monte de gente no meio da rua. Se nesse cenário você acha que não dá para ficar pior, imagine tudo isso sem nenhum sinal de trânsito. Nenhum é exagero, eu devo ter visto, literalmente, uns dez, só isso. Há mais um detalhe, quase não há guarda de trânsito, mão e contra mão, local que seja proibido estacionar. A palavra para definir isso tudo é, CAOS.
Seguindo a máxima que, nada está tão ruim que não possa piorar, chegam nessa mistura as Candongas. Candongas é jeito como a população em Angola, que não tem carro, se locomove. Traduzindo para o bom português brasileiro, são as lotações, vans, peruas, bestas, ou o que mais você venha a chamar ai no Brasil.
Pude constatar aqui em Luanda que motorista de lotação é ruim de volante em qualquer lugar da terra. Eles, como as regras de trânsito não são seguidas, fazem o que querem, desde fechar os carros, parar em fila dupla, até a dar pequenas batida. Esse tipo de transporte aqui é sempre igual, o veículo, são brancas e azuis. É difícil encontrar um tipo de automóvel para esse fim que não seja desse modelo.
Os engarrafamentos existem a qualquer hora do dia ou da noite, sendo final de semana ou não. Houve um dia em que sai do trabalho, que fica a quinze quilômetros de onde moro, e demorei incríveis duas horas e quarenta minutos para chegar. Esse negócio de engarrafamento é um saco.
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