A guerra
Ainda há marcas da guerra, seJa em alguns militares que ainda circulam pelas ruas, seja pelos velhos canhões e tanques que é possível se ver ao passear pelo interior. Há também algumas pessoas mutiladas, sem uma perna por exemplo, mas isso é muito pouco.
Os piores resquícios de guerra são com certeza as marcas do país maravilhoso que este já podia ser. Existe ainda uma certa censura, tipo, a forma como os militares são tratados e forma como o povo tem medo de falar do governo.
Entretanto, uma característica da guerra que está arraigada na cultura popular, vai demorar muitos anos para ser superada ou digamos assim, evoluída, melhorada. Quando os tempos de combate eram correntes, o pensamento do povo concentrava-se em conseguir chegar no dia seguinte. Com isso as pessoas no ambiente de trabalho não se preocupam com os outros, estão querendo apenas fazer o seu, sem se preocupar com a coletividade, sem haver empatia. No hospital onde trabalhamos e no instituto onde estou, há sempre exemplos de situações de falta de diálogo e cooperação. O pensamento é sempre, o meu primeiro e o resto é o resto.
Apesar da situação colocada, o povo de Angola é um povo bom, receptivo e simpático. As pessoas lhe cumprimentam e são educadas. Os nossos dois países se parecem nesse ponto, aqui é uma nação acolhedora.
Esse ainda, com certeza, será um grande e
maravilhoso país.
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