
Já escutei muitas histórias sobre os Chineses. Posso constatar no dia a dia que eles estão em muitas obras pela cidade, é comum ver chineses cavando buracos, concertando ou construindo coisas pela capital. Além da capital vez por outra aparecem notícias de obras sendo realizadas nas províncias. Também já vi missões diplomáticas e acordos comerciais sendo noticiados nos jornais.
Segundo informações dos Brasileiros que estão aqui a mais tempo, a maioria dos orientais que vem para esse país são presidiários. Essas pessoas cometeram crimes leves e ao invés de ocupar as cadeias no seu país são enviados para Angola para trabalhar na construção civil. Além de resolver a questão da super-população em sua terra natal, custam muito barado para os seus patrões.
Os asiáticos trabalham pesado, já cheguei a ouvir histórias de pedirem deliberadamente que diminuíssem o ritmo das obras, pois essas acabariam muito cedo. Tempo em Angola também é dinheiro, mas parece que ao contrário. Quanto mais tempo uma obra dura, mais as pessoas envolvidas ganham dinheiro.
Uma das histórias mais impressionantes, fora o fato deles serem presidiários, está em uma curiosidade chamada “cama quente”. A “cama quente” são contêineres em que os trabalhadores chineses dormem. Uma série de beliches dentro de um contentor que são revezados em três turnos. A cada 8 horas as pessoas têm que acordar para que um outro possa dormir no mesmo lugar. Dessa forma as camas nunca deixam de ficar quentes e daí vem o nome.
A quantidade de Chineses em Angola é bastante grande e uma das minhas reflexões é de como será a próxima geração de Angolanos. Pergunto-me isso, pois, além de influenciar culturalmente, inevitavelmente relacionamentos amorosos surgem dessa gente com o povo local. Uma na mistura de raça está se formado, lentamente, e que no futuro se fará notar. Os impactos disso na sociedade Angola são difíceis de saber, contudo que haverá mudanças, isso com certeza.
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